El trabajo intelectual
GUITTON, Jean
GUITTON, Jean
Jean Guitton nasceu em Saint-Étienne, na França, em 1901. Escritor e filósofo, foi membro da Academia Francesa desde 1961. Foi o único observador leigo do Concílio Vaticano II. Esse pequeno livro, repleto de sabedoria, experiência e conselhos úteis tem como objetivo ajudar a estudantes e escritores no seu labor intelectual.
Frei Betto
O conhecido escritor e militante político católico fala sobre a sua relação com a escrita. Os motivos da sua paixão, seus hábitos e princípios que regem seu trabalho literário. Tirei bastante proveito do que sugeriu. Gosto do modo humano como aborda os mais diferentes temas. Não temos a mesma teologia, mas me identifico mais com ele do que com muitos pastores evangélicos que conheço.
LLOYD-JONES, Martyn
Como descrever a consolação que experimentei ao ler esse opúsculo? Lia e parava para adorar a Deus. Ela vai direto ao ponto. É claro, franco e bíblico. Exalta a Deus. Faz o homem se silenciar. Deus não é caprichoso, nem incerto. Governa o universo e cumpre suas promessas. As guerras não o tomam de surpresa. Não deveriam nos causar admiração. Sendo quem somos, como não esperar por elas?
KELLER, Tim
Esse livro, escrito no século XXI, deve constar na lista das mais importantes obras sobre o tema da pregação de toda a história do cristianismo. Repleto de sabedoria, fidelidade às Escrituras e simetria. Do ponto de vista de como proclamar o evangelho na chamada cultura moderna tardia, essencial.
HAZARD, Paul
Poucos livros o ajudarão tanto a entender o surgimento da modernidade, seus principais conceitos e mais importantes porta-vozes. Leitura obrigatória.
MACRON, Emmanuel
Gostei muito das ideias do presidente francês. Livre das amarras intelectuais estritamente ideológicas, apresenta um programa de governo que transcende o debate entre esquerda e direita, a partir do enfrentamento de fatos político-sociais que não fizeram parte do mundo dos economistas e pensadores políticos dos séculos 19 e 20. Pode ser que ele não faça um bom governo, mas torço para que a implementação das suas propostas seja exitosa. Bom senso raro nos dias de hoje.
LEVIN, Yuval
Excelente para a compreensão das origens da divisão entre esquerda e direita, num tempo no qual a agenda marxista ainda não se fazia presente. Aborda os pensamentos de Thomas Paine (esquerda) e Edmund Burke (direita). Vale a pena ler. Chama a atenção o fato de ambos os lados terem cometido o erro de elevarem um aspecto da verdade à condição de verdade completa. Suas contribuições para o debate político, contudo, são de valor incalculável.
HAYEK, F. A.
Impressiona a forma desinibida mediante a qual o autor apresenta os fundamentos intelectuais do neoliberalismo. Equívocos conceituais, contradições e muita crueldade. Sou a favor da economia de mercado, mas não nos termos apresentados por esse economista austríaco. Recomendo a leitura a fim de que se saiba qual a visão de mundo que está por trás desse modelo político-econômico.
SEN, Amartya
O grande economista indiano, ganhador de prêmio Nobel de Economia, nessa série de palestras, procura harmonizar Economia e Ética. O autor mostra que no pensamento de Adam Smith jamais houve essa divisão, tão presente na Economia moderna, que parte do pressuposto da maximização do autointeresse. Numa era na qual decisões governamentais são tomadas por tecnocratas sem alma e o pensamento econômico ignora o pobre, justificando a concentração de riqueza, a crítica de Sen é muito bem-vinda. Recomendo tudo o que ele escreve.
FREUD, Sigmund
Um clássico. Impossível ignorá-lo e não se sentir movido a investigar o que esse gênio propõe como causa dos conflitos psíquicos e sociais da humanidade. Impressionante como um homem que pode partir de premissa tão equivocada – a fé em Deus como sintoma neurótico-, pode ir tão longe na análise do funcionamento da psiquê humana e sua relação com o processo civilizatório. As críticas que faz ao marxismo, chamado-o de ingênuo do ponto de vista da sua antropologia, é irrefutável. Diria, bem calvinista! Se você quer entender a vida intelectual dos séculos 20 e 21, tem de ler Freud. Livraço!
HUBERMAN, Leo
Que livro! Huberman trata da história da economia do feudalismo até os anos 30 do século XX. Discordo da defesa que fez do regime soviético. Creio que ele foi injusto com o protestantismo, revelando ignorância crassa. Penso que parte das soluções marxistas que propõe para os problemas da desigualdade, injustiça social e as sucessivas crises econômicas pelas quais o capitalismo sempre atravessou seria trágico para a humanidade. Sua filosofia de história, contudo, do ponto de vista da relação dos detentores dos poderes político e econômico com a massa de trabalhadores pobres, é irrefutável. A história da humanidade é uma história de exploração. Jamais aconteceu de uma nação progredir sem a exploração do homem pelo homem. Isso salta os olhos. Tudo legitimado por filósofos, economistas, cientistas políticos, burocratas, teólogos. Recomendo fervorosamente a leitura.
RIBEIRO, João Ubaldo
Excelente trabalho de introdução ao pensamento político. Livro que deveria ser adotado em escolas, nas classes de escola dominical e no lar. João Ubaldo foi de rara felicidade: usou escrita clara e simples, soube despertar o interesse do leitor pelo tema -“Somente através da consciência política podemos aspirar à plena dignidade humana e à integral condição de cidadão”-; evitou linguagem ideologicamente enviesada e não tratou ninguém como idiota. Ele tornou o que há de basilar na reflexão política acessível a qualquer pessoa.
PINKER, Steven
O subtítulo “como conceber um texto com clareza, precisão e elegância” apresenta o objetivo do autor, professor de psicologia da Harvard. Esperava mais do livro. Creio que temos coisa melhor no Brasil, como o excelente “Comunicação em prosa moderna”, do Othon M. Garcia. Contudo, valeu, acima de tudo, o capítulo intitulado “A maldição do conhecimento”, no qual Pinker critica escritores que têm dificuldade “em imaginar como é, para outra pessoa, não saber alguma coisa que você sabe”. Ele ataca sem piedade o academiquês, e estimula quem escreve a, por meio da prosa clara, elegante e concisa, ajudar o leitor a ver de modo concreto o que está sendo ensinado.
SPERBER, Jonathan
Biografia moderna, baseada nas mais recentes publicações dos escritos de Marx. Sperber nos ajuda a conhecer o gênio, a humanidade e as contradições do pensador revolucionário que, como poucos, moldou grande parte da história subseqüente da humanidade. Por esse motivo, ainda que o odeie por discordar das suas convicções políticas, econômicas e teorias que formulou, você deveria conhecer Karl Marx e se familiarizar com suas críticas ao capitalismo e conexões que estabeleceu entre interesses econômicos e cultura. Parece-me que ele e Freud, como poucos, nos ajudaram a ter contato com as motivações egoístas inconfessas dos seres humanos e mundos que eles criam, assustadoramente maus.
MARX, Karl. ENGELS, Friedrich
Leia-o. Releia-o. Opúsculo que foi capaz de no século 19 antever a globalização e por a nu, com impressionante clarividência, as contradições do regime capitalista, suas inevitáveis crises e seus efeitos na cultura, religião e política. Compararia-o a um banquete maravilhoso, no qual alguém espalhou aqui e ali pitadas de veneno mortal. Separar o joio do trigo desta obra perturbadora significa preservar o sonho de uma alternativa à voracidade e impiedade do capitalismo; note!, cujos méritos são reconhecidos pelos autores do “Manifesto”, que não se deixam enganar, entretanto, pelo luminoso que oculta as trevas da opressão. Nesta edição da “Penguin”, há o posfácio de Marshall Berman -cuja leitura recomendo fervorosamente.
PATENAUDE, Bertrand
O autor trata do exílio no México e assassinato de um dos principais líderes da Revolução Russa de 1917, Leon Trótski. A obstinação ideológica de Trotski, que o fez cego para os desdobramentos socialmente trágicos da ideologia pela qual deu a vida, o torna figura pouco interessante. Contudo, o que ele e sua família passaram nas mãos de um dos piores ditadores de toda a história da humanidade, Josef Stálin, é revelador do horror do marxismo-stalinista, incompreensivelmente, tão incensado por tantos intelectuais do século XX.
ORWELL, George
Clássico. Mais um livro que deveria ser incluído no currículo escolar. Impossível não perceber a mensagem central do autor e passar a amá-la de coração: democracia e Estado de direito são valores que não se negociam jamais. Como alguém já disse, “aqueles que renunciam a liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra”.
MILOSZ, Czeslaw
Czeslaw Milosz, ganhador de prêmio Nobel de literatura, aborda a experiência vivida pelos países da chamada “Cortina de Ferro”, durante o período do marxismo-stalinista. Impressionante o que toda aquela gente passou. Horror indescritível. Eu colocaria esse livro no currículo escolar. Como antídoto contra toda tentativa de se instaurar uma espécie de polícia do pensamento de natureza político-ideológica, que transforma a vida num eterno tormento, capaz de tolerar os piores crimes, em nome de uma sociedade sem classes, na qual o Estado tudo produz, supervisionada por uma classe superior de burocratas cretinos, que exercem poder tirânico sob a economia, as artes, a religião, a literatura. Terminei a leitura do livro dizendo, viva a democracia!
SCRUTON, Roger
Suas ênfases -nas associações livres, na preservação dos valores ocidentais forjados pelo cristianismo, no valor da democracia, no papel da verdadeira arte, nos limites que estabelece para a atuação do poder estatal, na liberdade de expressão no mundo do politicamente correto, na saída da educação da tutela ideológica do Estado-, devem ser bem acolhidas por todos. Discordo, contudo, dos ataques que desfere contra o Estado do bem-estar social. Tão mal feitos, que me impedem de dar uma nota maior para o livro. Condenar esse modelo político-social é desgraça, em especial, para a América Latina.
ORWELL, George
Coletânea de artigos publicados entre 1942 e 1948, no jornal britânico “Observer”, durante o período da Segunda Grande Guerra. Análise elegante, sóbria, sensata, sensível, sobre o absurdo da guerra. Gostei da declaração: “O capitalismo leva às filas de auxílio-desemprego, à volúpia por mercados e à guerra. O coletivismo leva aos campos de concentração, ao culto dos líderes e à guerra”.
LLOYD-JONES, Martyn
Mais uma precisa exposição da Carta aos Romanos. As doutrinas da expiação e da justificação -mensagem central do evangelho-, são expostas com rara clareza e fidelidade bíblica.
LATOURETTE, Kenneth Scott
Preparando-me para os 500 anos do aniversário da Reforma Protestante, reli essa excelente, erudita, ampla e ortodoxa apresentação da história do cristianismo, que agora já pode ser lida na língua portuguesa.
GEORGE, Timothy
Excelente introdução à vida e pensamento de quatro figuras centrais da Reforma Protestante no século 16: Lutero, Zuínglio, Calvino e Menno Simons.
LLOYD-JONES, Martyn
Leitura imprescindível para aqueles que tomaram a decisão de se dedicarem ao ministério da Palavra. Repleto de sabedoria, conhecimento teológico e familiaridade com a história da pregação. Estudar a teologia da pregação de Martyn Lloyd-Jones significa pensar sobre o tema a partir do ponto de vista do maior pregador do século XX.
DOOYEWEERD, Herman
A mensagem central do autor é que o Estado não deve se intrometer onde não é chamado. O totalitarismo político é perverso. Dooyeweerd faz bem em defender igreja, família, escola, da interferência do poder estatal. Não podemos nos esquecer, contudo, que temos também a ditadura da economia de mercado, que mantém o Estado acuado e o pobre entregue à misericórdia incerta da sociedade e da igreja. O Estado mínimo é também perverso. Achei o livro de pouca ajuda para a luta pela implementação de políticas públicas num mundo pluralista.
LIENHARD, Marc
Boa, ampla e sucinta introdução à vida, obra e pensamento de Martinho Lutero. O autor ressalta o que havia de original, belo, cristão, nas ideias e trabalho do grande reformador alemão, sem deixar passar em branco suas contradições. Meu encanto, admiração e gratidão pela vida de Lutero certamente me acompanharão todos os dias da minha vida.
LUTERO, Martinho
Exposição insuperável sobre a mensagem do evangelho. A alma do protestantismo, sua mensagem central e o que motivou Lutero a lutar pela Reforma estão expostos de modo insofismável. Obra-prima. O comentário sobre a Cartas aos Gálatas está entre os cinco livros mais importantes da minha vida.
LLOYD-JONES, Martyn
Exposição de Romanos 2:1-3:20. Ninguém, provavelmente, em toda história do cristianismo foi capaz de expor de modo tão magistral essa passagem das Escrituras. Sua descrição do homem em pecado põe em relevo, com rara habilidade, a necessidade imperiosa de todos, por meio da cruz de Cristo, escaparem do justo juízo de Deus.
EDWARDS, Jonathan
Este livro reúne três obras fundamentais de Jonathan Edwards sobre o tema do avivamento: “Uma narrativa de conversões surpreendentes”, “As marcas distintivas de uma obra do Espírito de Deus” e “Um relato do avivamento da religião em Northampton 1740-1742”. Seu objetivo é falar da natureza da verdadeira obra de avivamento, separando o essencial do que é meramente acidental. Insuperável.
LLOYD-JONES, Martyn
Um oceano de sabedoria. Conselhos que podem livrá-lo das mais infernais ciladas da vida e do que há de perverso neste mundo. Clássico sobre batalha espiritual.
STOTT, John
Comentário conciso, claro, fiel e objetivo da Carta de Paulo aos Efésios. Poucos autores, na história da igreja, souberam defender de modo tão educado suas ideias e apresentar com tamanha doçura as verdades bíblicas, como John Stott. Certamente, ele deve ser considerado um dos cinco teólogos mais importantes dos séculos XX e XXI.
LLOYD-JONES, Martyn
Sem a mínima dúvida, está entre as cinco melhores obras sobre batalha espiritual de todos os tempos. Um oceano de sabedoria. Livro que o leva a ver como inimaginável deixar de orar e depender da graça divina para viver. Nunca mais sua filosofia de história e compreensão dos problemas políticos, sociais e morais serão as mesmas.
LLOYD-JONES, Martyn
Nessa exposição do capítulo primeiro da Carta aos Romanos, o maior pregador do século XX revela, numa tal extensão, a glória do evangelho, que é impossível o crente verdadeiro ter contato com o conteúdo da sua mensagem e não desejar sair pelo mundo anunciando Jesus Cristo. Se você quer compreender a essência do evangelho, mergulhe nessa série de pregação.
LLOYD-JONES, Martyn
Impressiona pela sabedoria revelada na apresentação dos aspectos práticos do cristianismo. A parte dedicada ao engajamento político do crente revela sua preocupação em fazer o trabalho de púlpito levar a igreja à luta pela justiça social.
LLOYD-JONES, Martyn
Exposição magistral sobre a vida cristã. Uma das mais belas e profundas demonstrações da diferença entre moralidade e cristianismo.
EAGLETON, Terry
Você pode odiar Marx. O que não deve, por motivo de integridade intelectual, é ignorá-lo e crer numa caricatura forjada pelos que não concordam com seu pensamento. Eagleton, numa análise não completamente isenta, uma vez que é amante do marxismo, nos apresenta um Karl Marx que ainda que não tenha conseguido prescrever o melhor remédio para os males do capitalismo, faz denúncias ao sistema que desmascaram suas profundas injustiças. Em especial, seu sistema de exploração deslavada das forças de trabalho. Vi muita semelhança do pensamento de Eagleton com as críticas que faço no meu livro “Convulsão Protestante” às atuais contradições do universo neoliberal.
LESZEK, Kolakowski
Impressiona a amplitude de conhecimento e a sabedoria desse grande pensador polonês. Embora não concorde in totum com seus pontos de vista, recomendo a todos a leitura dessa coletânea de palestras. Em algumas delas, ele foi genial.
DALRYMPLE, Theodore
Torci para a leitura chegar ao fim por causa do suplício que me causava. Que livro chato. Por que o li? Por julgar que me ajudaria a entender o que está acontecendo no Brasil; país onde vejo uma reação ácida de uma direita conservadora e amarga horrorizada com a estupidez e lambanças da esquerda. “Podres de mimados” nada mais representa do que a resistência extremada ao discurso de uma esquerda sentimentalista e ingênua quanto à natureza humana.
McGRATH, Alister
O autor mostra as diferenças cruciais entre as raízes intelectuais da reforma alemã e da reforma suíça. Ressalta o papel do escolasticismo e do humanismo na produção teológica da primeira geração de reformadores. Salta aos olhos a importância de Agostinho. A leitura vai requerer paciência, em alguns momentos, devido à quantidade de alusão a disputas teológicas que parecem não ter relação com os problemas teológicos do nosso tempo. Contudo, trata-se de pesquisa moderna, que destaca as descobertas mais recentes feitas por estudiosos da grande obra de renovação espiritual, ocorrida no século 16, que mudou a face da igreja e do mundo.
McGRATH, Alister
No ano anterior ao do aniversário de 500 anos da Reforma Protestante, a leitura desse livro é indispensável. McGrath faz uma análise de toda a história do protestantismo, exaltando suas realizações e não o poupando de algumas críticas. Impressiona o vasto campo de conhecimento que domina. Você poderá perceber, entretanto, uma inclinação a tratar com certa condescendência as diferenças que existem dentro do ramo do protestantismo, como se fossem determinadas por meras questões culturais, que não deixam espaço para julgamentos definitivos baseados em evidência bíblica. Essa é a virtude e a fraqueza de alguns historiadores, fruto também do anseio pela neutralidade acadêmica.
KOLAKOWSKI, Leszek
É crescente meu apreço por esse grande filósofo e historiador polonês, morto em 2009. Nesse opúsculo, com clareza e elegância, apresenta uma síntese do pensamento dos grandes filósofos do mundo ocidental, ressaltando as principais perguntas que seus sistemas filosóficos fizeram emergir. Nesse segundo volume, conhecemos um pouco das ideias de Aquino, Ockham, Nicolau de Cusa, Descartes, Espinosa, Leibniz, Pascal, Locke, Hobbes e Hume. Vale a pena ler.
NOBLAT, Ricardo
Claro, conciso, divertido e honesto. Escrito pelo experiente e conhecido articulista do Globo. Leitura obrigatória para todo jornalista, repórter, editor, fotojornalista, dono de jornal e amantes do jornalismo. Uma frase de Noblat sintetiza o valor da profissão de jornalista: “Um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência crítica de uma comunidade em determinado espaço de tempo”.